A alimentação tem uma grande importância na prevenção e tratamento desta afecção predominantemente feminina denominada Lipodistrofia ginóide. Além da alimentação contribuem para a instalação do quadro: fatores genéticos e étnicos, fatores hormonais e neurovegetativos, distúrbios metabólicos, ansiedade, estresse, insuficiência venosa crônica, obesidade, sedentarismo, consumo exagerado de café ou álcool, tabagismo, alergias alimentares, constipação intestinal, aumento dos níveis de homocisteína (aminoácido relacionado por vários autores como um fator de risco para as doenças cardiovasculares), prejuízos nas vias de detoxificação e até tratamentos para celulite inadequados.
Metas nutricionais na lipodistrofia ginóide (celulite):
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Adoção de alimentação saudável;
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Eliminação de hábitos tóxicos;
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Correção de erros alimentares;
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Melhoria da função digetiva;
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Desintoxicação do organismo;
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Suplementação de elementos essenciais;
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Melhoria da perfomance hepática e do perfil lipídico;
Tudo isto através de uma reeducação alimentar adequada e personalizada. Além da alimentação é fundamental a prática de atividades físicas moderadas. Terapias complementares e fisioterápicas como ultra-som, endermologia, drenagem linfática e carboxiterapia também auxiliam no tratamento.
Terapia nutricional:
Para atingir as metas nutricionais são adotadas algumas condutas:
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Substituição de grande parte dos carboidratos refinados por carboidratos complexos. Por quê? Os carboidratos refinados aumentam os estoques de gordura, aumentam o tamanho e número de células gordurosas, promovem uma resistência à insulina, e aumentam a excreção de vitaminas do complexo B e C, magnésio e cromo, enfraquece os músculos, promove fadiga e mantém o apetite por mais carboidratos. Já os carboidratos integrais ou complexos possuem mais fibras, são ricos em vitaminas e minerais e não causam as alterações anteriores.
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Dieta rica em fibras. Por quê? Auxiliam a função intestinal e equilibram a flora bacteriana, o que diminuí a pressão abdominal melhorando o sistema circulatório das pernas.- Uso de probióticos para corrigir a disbiose intestinal. Por quê? Restaurar o ecossistema intestinal melhora o processo digestivo, aumenta a produção e absorção de vitaminas e minerais, previne a alergia, contribui para uma melhor imunidade e auxilia o processo de desintoxicação orgânica. Além do uso de probióticos é importante que o uso de antibióticos, laxantes, corticóides e antiácidos não seja indiscriminado. Com o uso de probióticos a flora é restaurada auxiliando no tratamento de alergias e hipersensibilidades, melhoria de inflamações intestinais e redução da produção de gases, azia e também correção da má absorção de nutrientes fundamentais à saúde da pele.
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Suplementação vitamínica e mineral para corrigir deficiências. Por quê? A retirada de substâncias tóxicas do organismo depende da saúde do fígado. Porém, quando os níveis de substâncias como magnésio e vitaminas do complexo B estão baixos ocorre um declínio na capacidade do órgão de metabolizar os compostos indesejáveis. Outros nutrientes que são suplementados incluem a vitamina C, a vitamina E, o zinco, enxofre, molibdênio e manganês. O consumo de chá verde também é muito interessante na detoxificação pois é rico em substâncias antioxidantes que auxiliam na regeneração celular.
É importante salientar que não existem formas mágicas e a melhoria do aspecto da pele é um processo gradual que requer constância e compromisso na adesão à práticas alimentares mais saudáveis e à atividade física. No final o ganho será não só estético mas também de saúde.
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